domingo, 19 de outubro de 2008

Gira-Sol




Por onde os olhos correm,
Enxugo suas lágrimas.
E quando as páginas viram,
Entornam-se as palavras.
Enquanto o mundo gira,
Gira-sol.
Lá fora,
Do meio-dia
À tarde inteira,
Chove.

eu quero o não querer


Eu luto contra o meu livre arbítrio.

Estou livre do arbítrio do meu luto?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Sem Palavras




Não quero escrever nada.


Os pensamentos fluem, mas não os gravo.


É grave não expor, reconheço.


Estou silencioso, esquivado, que sem querer escrever esqueço e escrevo.


Não escrevo uma carta.


De repente a mão começa escrever a minha não vontade de escrever.


Escrevo sem ter que me preocupar.


Quero os pensamentos soltos em qualquer lugar e espalhados além do inimaginável.


Não quero escrever nada

Em movimento: A




Sem que se perceba de fato o que acontece em volta do corpo que me persegue: sinto falta do calor, exalo partículas (em momentos no chão da terra) e expiro espirais em folhas (fora da atmosfera). O tempo exato para o consumo é quando o som tinindo expande a onda para criar a velocidade da luz em movimento. A cada sinapse há um torvelinho de imagens.

Máquina do Tempo II


A natureza é quem me diz a que horas eu tenho de acordar.O espírito é quente e vivificante. No corpo o espírito gela para dar calor ao corpo com todo seu funcionamento. Na ausência do espírito o corpo ficará gélido em poucos minutos, enquanto que o espírito receberá novamente a carga de energia liberada desde a eternidade. São 11:50h, acabo despertado pelas vozes deste mundo. Tento novamente penetrar o sonho de onde vim. Fecho os olhos e procuro retomar minha empreitada no campo onírico do silêncio. Aos poucos vejo escapar como fumaça ao vento os restos dos sonhos. Tento alcança-los, mas a velocidade da luz de meu pensamento ainda não atingiu tal façanha

Máquina do Tempo I


Dez por cento é aproximadamente o que usamos do cérebro para satisfazer nossos desejos limitados. Os noventa por cento é a liberdade plena, é o existir e o não existir, é a descoberta de que as leis foram quebradas, é insignificância das teorias e bases do conhecimento racional, também a concórdia com o mundo externo, mais, a vida descoberta como um simples sonho apenas.